Companhia Cintra ao Oceano
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/AMSNT/CCO
Tipo de título
Formal
Título
Companhia Cintra ao Oceano
Datas de produção
1900
a
1914-10-21
Dimensão e suporte
1 cx.; papel.
Entidade detentora
Arquivo Municipal de Sintra
História administrativa/biográfica/familiar
Com a construção do caminho de ferro de Sintra, inaugurado em 2 de abril de 1887, nasceu o desejo de outras localidades, tais como Colares, serem servidas por um transporte moderno. Foram realizadas várias diligências junto da “Companhia Real de Caminhos de Ferro” para prolongar a linha até àquela vila. Porém, o desinteresse manifestado revelou que só uma iniciativa local conseguiria concretizar este projeto. Após várias propostas e projetos, a Câmara Municipal de Sintra, na reunião de 16 de novembro de 1898 aprovou o pedido de concessão, feito pelos engenheiros José Emidio Pinheiro Borges e José Joaquim Nunes de Carvalho, para a construção e exploração de uma linha de caminho de ferro entre Sintra e a Praia das Maças, passando por Colares. No dia 2 de julho de 1900 foi constituída a “Companhia de Caminho de Ferro de Cintra à Praia das Maçãs, SARL” e o seu primeiro conselho de administração contava com os referidos engenheiros aos quais se juntaram José Azevedo Castelo Branco, António Maria Dias Chaves Mazziotti e Guilherme Henrique de Sousa. Nesse mesmo ano a companhia decidiu substituir a tração a vapor pela tração elétrica. No 12 de agosto de 1901 deu-se início à construção da linha e, em 1903, foram encomendados, à empresa americana de Filadelfia J.G. Brill Company 13 veículos, 7 carros motores (4 abertos e 3 fechados) e 6 atrelados (4 abertos e 2 fechados). Finalmente, no dia 31 de março de 1904 foi realizada a viagem inaugural do elétrico entre a vila de Sintra e São sebastião de Colares. No dia 10 de julho do mesmo ano, os elétricos chegaram à Praia das Maçãs. A 23 de junho de 1904 a “Companhia do Caminho de Ferro de Cintra à Praia das Maçãs” passou a designar-se apenas “Companhia Cintra ao Oceano”. Logo em 1904, na sequência das dividas que a empresa tinha para as sociedades francesas Westinghouse e Darras & Cª, estas adquiriram todo o ativo e passivo da Companhia. Nos primeiros anos de funcionamento, a exploração da linha nunca obteve resultados positivos, as avarias eram frequentes e os serviços prestados eram muito irregulares. Em 1912 foi nomeado um novo conselho de administração composto por João Colares Pereira, Álvaro Miranda Pinto de Vasconcelos e J.A. Álvaro Júnior. No entanto, apesar de alguns planos financeiros para a sua viabilização, a “Cintra ao Oceano” foi dissolvida a 24 de outubro de 1913 e no ano seguinte todos os seus bens foram adquiridos em hasta público pelo seu principal credor, João Colares Pereira.
História custodial e arquivística
Desconhecida.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Incorporação.
Sistema de organização
Classificação orgânico-funcional.
Instrumentos de pesquisa
Catálogo online.