(Atualizada às 16h05) Apesar de continuarem negativos, os indicadores da Sondagem da Indústria da Construção melhoraram em julho, de acordo com a pesquisa de divulgada nesta segunda-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) das empresas do setor foi de 57% em julho, um ponto percentual acima dos 56% registrados em junho. Entretanto, o resultado é pior do que o registrado em julho de 2015, quando a UCO estava em 60%.
“A indústria da construção permanece operando abaixo do usual. Contudo, os indicadores da Sondagem da Indústria da Construção têm apresentado redução do ritmo de queda da atividade (...)”, analisou, no estudo, a CNI.
O nível de atividade foi de 42,3 pontos em julho, ante 41,2 pontos em junho e 38,2 pontos no sétimo mês de 2015. Nesse indicador, resultados abaixo dos 50 pontos indicam retração na atividade.
A atividade em relação ao usual para o mês foi de 28,8 pontos em julho, frente a 27,2 pontos em junho e 28,5 pontos em julho de 2015. Nesse caso, os resultados menores do que 50 pontos significam uma atividade menor do que o normal para o período.
O indicador do número de empregados também cresceu, mas permanecendo abaixo da linha dos 50 pontos. Ele foi de 39,7 pontos em julho. Em junho, indicava 38,1 pontos, enquanto julho de 2015 registrou 36 pontos.
Expectativas
Agosto trouxe uma melhora nas expectativas dos empresários da indústria da construção, de acordo com a sondagem. “As expectativas dos empresários estão cada vez menos pessimistas”, avaliou o texto.
As estimativas em relação a novos empreendimentos e serviços foi a que mais cresceu, ao passar de 41,4 pontos em julho para 44,8 pontos em agosto. O resultado abaixo dos 50 pontos indica uma expectativa de piora, mas menos acentuada do que era esperado em junho.
O mesmo aconteceu com os indicadores de expectativa do nível de atividade (que saiu de 44,6 pontos para 46,1 pontos entre julho e agosto), compra de insumos e matérias-primas — de 42,7 pontos para 44,3 pontos na mesma comparação — e número de empregados, de 42 pontos em julho para 43,5 pontos em agosto.
A intenção de investimento passou de 25,3 pontos em julho para 26,8 pontos em agosto. Neste caso, quanto maior o número, maior a propensão do empresário a investir.