estilo da gillian anderson

Foto: Reprodução/Instagram/@gilliana

Talvez você já a conheça por sua atuação como a agente especial do FBI Dana Scully na longa série “The X-Files”, ou como a terapeuta sexual Jean Milburn em “Sex Education” e, agora, certamente não há dúvidas de que seu feed esteja lotado de divulgações sobre seu mais recente papel como a emblemática primeira-ministra do Reino Unido Margareth Thatcher na 4ª temporada de “The Crown”.

Mas, por trás do duro estilo de liderança exibido nos takes da  personagem na série original Netflix, o senso de estilo fashion de Gillian Anderson rouba a cena.

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Com valores e uma postura tão firmes quanto o histórico de sua personagem, Gillian esbanja confiança e mostra saber o que gosta, o que aceita e quais são seus limites como indivíduo e, especialmente, como uma mulher – que não necessariamente permanece jovem, mas que exala a beleza e a experiência de vida que conquistou ao longo de seus 52 anos.

O estilo de Gillian Anderson

Foto: Reprodução/Instagram/@gilliana

Filha de uma dona de uma empresa de pós-produção cinematográfica, ativista, atriz, escritora e diretora, o estilo de Gillian Anderson reflete esse tom de sabedoria por meio da classe e de peças minimalistas que estão longe de serem antiquadas ou conservadoras e que mostra ser resultado de uma longa trajetória de autoconhecimento.

Por quê? Gillian nunca deixou de testar sua imagem e de colocar à prova os traços estéticos “padrão” tão conhecidos e constantemente reafirmados dentro e fora da indústria da moda. Aos 13 anos já havia tingido os fios de inúmeras cores, raspado a lateral do cabelo, colocado um piercing no nariz e apostava em um guarda-roupa todo preto, inspirado na cultura punk.

Foto: Reprodução/Instagram/@gilliana

E o início de seu despertar fashion começou exatamente nessa época, durante a adolescência. A atriz já falou diversas vezes em entrevistas sobre uma inesquecível saia roxa e que foi responsável por fazê-la largar de uma vez por todas o jeans que costumava usar diariamente e religiosamente. A peça foi, inclusive, uma das primeiras vestimentas que usou que era acima de seus joelhos. Para combinar, ela escolheu sapatos vermelhos pontudos e um moletom rosa, que, hoje, sem registros fotográficos, ficam só para nossa imaginação.

A questão é que, segundo ela própria, o visual fez com que seus colegas de classe observassem sua presença com mais atenção, o que a levou a entender e sentir pela primeira vez o peso do impacto gerado nas pessoas pela moda.

Foto: Reprodução/Instagram/@gilliana

Reconhecendo essa característica tão cedo, não é de se espantar que Gillian saiba usar tão bem de suas vestimentas para criar a imagem que deseja. Para ela, manter a simplicidade é a chave para um visual genuinamente marcante e elegante. E a moderação ao escolher as peças não envolve apenas suas características de tecido ou cor, por exemplo, mas seu custo também.

Foto: Reprodução/Instagram/@gilliana

Portanto, dificilmente alguém vai vê-la fugindo das cores únicas e apostando em babados ou estampas muito gritantes. Mesmo assim, ela não nega que possa vir a usar de todas esses tons, formatos e designs mais excêntricos que hoje descarta no auge de seus sessenta e poucos anos, por exemplo.

A proximidade evidente com a moda adquirida com os anos e durante suas passagens pelos tapetes vermelhos de premiações (abusando de vestidos justos e clássicos), fez com que a marca britânica Winser London a chamasse para a participação em uma de suas linhas. A coleção, no entanto, utiliza exatamente desse elemento clássico da moda para construir uma base puramente moderna e andrógina, sendo capaz de transitar entre o masculino e o feminino. Isto é, sem que haja nenhuma necessidade de ditar o gênero ideal das peças.

O resultado da collab é uma vitrine de peças básicas mas bem feitas, incluindo blazers, suéteres, blusas e calças. A inspiração para a criação à coleção? Uma de suas personagens: a Stella Gibson de ‘The Fall’. Segundo a própria atriz chegou a dizer durante a época de seu lançamento, a personagem a teria ajudado a abraçar alguns aspectos  de sua feminilidade.

Inspirando-se, também, nela mesma e em seu guarda-roupa, Anderson criou itens básicos de inverno clássicos e minimalistas, como calças cigarrete, camisas de seda e suéteres de cashmere com gola redonda.

Foto: Reprodução/Instagram/@gilliana

Um outro aspecto bastante importante para Gillian é enxergar as roupas como uma verdadeira peça de arte. A história da moda, bem como peças vintage, para ela, são essenciais na hora de escolher o que vai vestir durante uma premiação ou uma aparição pública relevante.

Desta forma, a artista ensina sobre criar visuais realmente marcantes e envolventes, já que são capazes de não só causarem o impacto necessário para isso, mas também são responsáveis pela construção de uma narrativa fashion e histórica que não precisa estar relacionada à marcas, preços e juízos de valor mas ressaltam o trabalho feito, a maneira como o caimento é adequado e o sentimento que se tem ao usá-la e aquele que é causado nos que o observam.