Faturamento da micro e pequena indústria paulista cai 11% em agosto
O faturamento da indústria paulista registrou queda de 11% em agosto, na comparação com igual período em 2012. O dado é da pesquisa mensal Indicadores Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e desconta a inflação medida pelo INPC/IBGE.
Já os setores de comércio e serviços registraram, respectivamente, aumento real de 1,7% e 6,2% na receita no mês passado, ante agosto de 2012.
De acordo com o indicador, as MPEs fecharam agosto deste ano com crescimento de 1,4% no faturamento em relação a igual mês do ano passado.
A receita total dessas empresas em agosto foi de R$ 49,2 bilhões, R$ 664 milhões a mais do que no mesmo período de 2012 e R$ 3,9 bilhões acima do resultado apurado em julho deste ano.
No acumulado de 2013, as micro e pequenas empresas apresentaram alta de 3% na receita real sobre o mesmo período de 2012.
Segundo o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano, o desempenho negativo da indústria está ligado a problemas de competitividade que o setor tem enfrentado. “Por outro lado, o consumo no mercado interno beneficiou as vendas das MPEs de comércio e serviços.”
“O que vemos é um número positivo em agosto, porém inferior à média do ano, por conta do crescimento modesto da economia brasileira”, afirma Caetano.
O diretor-superintendente também diz que a base forte de comparação também teve influência no resultado. "A receita real das micro e pequenas empresas paulistas avançou 9,4% em agosto de 2012 na comparação com agosto do ano anterior.”
O interior do Estado foi a região com o melhor desempenho quanto ao faturamento dessas empresas: alta de 6,8% em agosto no confronto com o mesmo mês de 2012. O Grande ABC também encerrou o período com crescimento de 1,7%).
A Região Metropolitana de São Paulo registrou queda real na receita das MPEs de 3,8% e a capital paulista de 1,4%).
Ocupação e salários
Em 2013, de janeiro a agosto, o pessoal ocupado nas MPEs do Estado de São Paulo cresceu 0,2% em relação aos oito primeiros meses de 2012. Na comparação de agosto deste ano com agosto de 2012, o que se verifica é uma queda de 1,3% no indicador de pessoal ocupado.
De janeiro a agosto de 2013, salários e outras remunerações pagas pelas MPEs aos empregados aumentaram 7,5% ante igual período de 2012. O avanço se repete, embora em proporção menor, de 4,3%, quando agosto de 2013 é comparado com o mesmo mês do ano passado.
No acumulado do ano de 2013 (janeiro a agosto), a folha de salários cresceu 4,7%.
Empresários esperam estabilidade econômica
Quanto às perspectivas para os próximos seis meses, os donos de MPEs esperam estabilidade no faturamento de seus negócios. Para 49% dos entrevistados, o faturamento das empresas deverá permanecer estável.
Em setembro de 2012, 52% dos proprietários de MPEs aguardavam manutenção quanto à receita da empresa. Mas a incerteza entre os donos de empresas aumentou: 13% dizem não saber como evoluirá o faturamento da empresa. Em igual período do ano passado, essa era a expectativa de 6%.
“A expectativa de estabilidade também é verificada quando falamos do nível de atividade econômica para os próximos seis meses. Essa é a opinião da maioria dos empresários”, diz o consultor do Sebrae-SP, Pedro João Gonçalves.
O consultor refere-se aos 52% de donos de MPEs que esperam manutenção do nível de atividade da economia, ante 56% em setembro de 2012.
Porém, a proporção dos que acreditam em melhora na economia diminuiu: são 22% em setembro de 2013, sobre 29% no mesmo mês do ano passado.
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