O Brasil perdeu oito posições no ranking das economias mais competitivas do mundo, em meio à piora macroeconômica, segundo o Relatório Global de Competitividade, do Fórum Econômico Mundial (WEF) com a Fundação Dom Cabral (FDC), divulgado nesta terça-feira (3).
Na edição de 2013, que analisou 148 economias, o Brasil voltou a ocupar a posição 56 no ranking elaborado por meio de uma pesquisa de opinião com executivos, a mesma de 2009, atrás de países como China e África do Sul, que ocupam as 29ª e 53ª posições, respectivamente, mas na frente dos outros países do BRICS, Índia e Rússia, em 60º e 64º lugares, nesta ordem.
Os 10 países mais competitivos e o Brasil | |
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1º | Suíça |
2º | Cingapura |
3º | Finlândia |
4º | Alemanha |
5º | Estados Unidos |
6º | Suécia |
7º | Hong Kong |
8º | Holanda |
9º | Japão |
10º | Reino Unido |
56º | Brasil |
Nos dois anos anteriores o Brasil havia ganhado cinco posições. Em 2011, o país subiu cinco posições e alcançou o 53º lugar. Em 2012, ganhou mais cinco lugares e ficou em 48º.
Na primeira posição do ranking está a Suíça, seguida por Cingapura, Finlândia, Alemanha, Estados Unidos e Suécia.
Entre os países da América do Sul, o Chile obteve o melhor resultado, em 34º, enquanto o Peru aparece em 61º e a Colômbia em 69º.
Nos últimos lugares do ranking ficaram Chade, Burundi, Iêmen, Serra Leoa e Haiti.
Problemas do país
Segundo o relatório, o país teve ligeira deterioração em alguns indicadores macroeconômicos, aperto de acesso ao financiamento e a falta de progressos suficientes em alguns dos desafios mais importantes do país.
Entre os pontos apontados como fonte de preocupação estão o funcionamento das instituições, com o aumento das preocupações com a eficiência do governo, corrupção e baixa confiança nos políticos.
Além disso, há falta de progresso na melhoria da qualidade da infraestrutura geral e educação, juntamente com uma economia bastante fechada à concorrência externa, o que "também dificulta vantagem competitiva do Brasil".
Apesar disso, o relatório diz que o país ainda se beneficia de vantagens importantes, como o grande mercado e uma comunidade de negócios bastante sofisticada. "O Brasil não deve atrasar as reformas necessárias para aumentar a sua competitividade, e deve alavancar ainda mais os seus numerosos e importantes pontos fortes", diz o texto.