de 10 de fevereiro de 1999 (Foto: Reprodução/Anvisa)
O volume de vendas de medicamentos genéricos cresceu 16% nos primeiros seis meses de 2013 em relação ao mesmo período de 2012, segundo divulgou nesta quarta-feira (24) a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a PróGenéricos, com base nos dados do IMS Health.
De acordo com a pesquisa, no período, foram vendidos 373,2 milhões de unidades contra 321,3 milhões nos seis primeiros meses de 2012. As vendas atingiram R$ 6,3 bilhões, contra R$ 5,1 bilhões em igual período do ano passado - uma alta de 23,5%.
“Perseguimos a marca de 30% de participação de mercado desde 2011. Embora o ritmo de crescimento do setor tenha diminuído ao longo do ano passado e nesse primeiro semestre de 2013, seguimos ocupando nosso espaço de forma consistente no varejo farmacêutico, atingindo participação equivalente a de países em que os genéricos já existem há muito mais tempo que no Brasil”, disse, em nota, Telma Salles, presidente executiva da entidade.
A PróGenéricos prevê que os genéricos alcancem de 35% a 40% de participação nas vendas do mercado brasileiro até 2020, mesmo com a adequação dos similares que, a partir do próximo ano, terão completado o ciclo gradual de renovação de registro que obriga a passar pelos mesmos testes de bioequivalência e biodisponibilidade farmacêutica.
Segundo o levantamento, com os genéricos, o mercado total cresceu 11,1% em vendas. Sem os genéricos o crescimento foi de 9%. Em dólares, a indústria brasileira que movimentou US$13,4 bilhões em vendas apresentou crescimento de 6,3% no primeiro semestre de 2013. Sem os genéricos, o crescimento ficou em 4,3%.
Os medicamentos de uso crônico continuam alavancando as vendas do setor. Genéricos para hipertensão, controle do colesterol e diabetes estão entre os mais vendidos.
No bolso
Desde 2001, quando surgiram, os genéricos geraram economia de R$ 38 bilhões aos consumidores brasileiros. Com preços em média 60% mais baratos que os medicamentos de referencia, os genéricos também funcionam como reguladores de preços e demanda, na avaliação da entidade.