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Banda P9 é ‘made in’ Barra

Com pinta de gringa, grupo que surgiu na Prainha, se prepara para uma turnê pelo país

Os rapazes do P9 voltam ao lugar onde tudo começou, a Prainha, na Barra da Tijuca
Foto: Fernanda Dias / Agência O Globo
Os rapazes do P9 voltam ao lugar onde tudo começou, a Prainha, na Barra da Tijuca Foto: Fernanda Dias / Agência O Globo

RIO — “Você até pensa que eles são americanos, já que a maioria das letras é em inglês. Fiquei bem surpresa quando soube que eles são cariocas. Passei a me identificar mais. Estava lá, gritando no primeiro show deles, com minha melhor amiga. No final rolou um meet-and-greet , para que os fãs pudessem conhecê-los. Enfim, pude abraçá-los. São muito cheirosos. Queria encontrá-los outra vez. Por enquanto, fico dando likers nas fotos que eles postam no Instagram”. Aos 13 anos, Beatriz Carneiro tenta resumir a emoção que sentiu ao conhecer a Banda P9, e, de quebra, ressalta os costumes da Geração Z, que já nasceu conectada com os ídolos pela web. Com o status “on-line full time”, os rapazes do P9 mantêm os fãs informados a respeito das novidades, através das redes sociais, e garantem que se revezam para responder a todas as perguntas.

O quarteto composto por Igor, Michael, Gui e Jonathan é consumidor ávido de cultura pop, em especial a inglesa e a americana. Com quase todo o repertório cantado em inglês, o P9 (a pronúncia é pi naine) carrega no nome uma referência ao Posto 9, point na orla da Zona Sul carioca. Mas foi justamente na Prainha que os encontros espontâneos começaram, há dois anos. E agora, com seis meses de formação, os quatro já comemoram o lançamento do primeiro disco e se preparam para uma turnê pelas principais cidades do país. A ideia é fincar de vez no coração do Brasil um estilo carioca de ser jovem, que mistura referências mundiais do pop.

Os números nas redes sociais impressionam: antes mesmo de o álbum sair do forno, já havia mais de 200 mil fãs na página oficial no Facebook. No Instagram, são mais de 70 mil seguidores. E no Twitter, mais de 40 mil. Qual será, então, o segredo do quarteto?

— O mistério está em como encaramos nossa juventude. É uma pegada bem leve. Viver intensamente, sem grandes pretensões. Queremos apenas ganhar o mundo com nosso jeito livre de ser. E, claro, continuar fazendo música eternamente — brinca Igor, que se diz um poeta apaixonado pela vida.

E não é para menos. O primeiro disco, “P9”, foi produzido em abril, nos Estados Unidos, em contrato com a Sony Music.

— Foi a nossa primeira viagem juntos. Nunca tínhamos saído do Brasil. E, quando aconteceu, foi para gravar um disco produzido por Venus Brown, que já trabalhou com nomes como The Black Eyed Peas e Justin Timberlake. Gravamos nos estúdios Engine Room, em Nova York, com o engenheiro Patrizio Pigliapoco, ou seja, nada de amadorismo — diz Michel.

O mentor do projeto é Jason Herbert, ex-integrante da boy band Big Fun. Em 2010, ele quis montar uma banda brasileira para alcançar fama internacional. Já conhecia Igor e Michel, e encontrou Gui e Jonathan em audições. Prontos para a empreitada, começaram a trabalhar na faixa “My favorite girl” incluída na trilha da novela “Salve Jorge”. A música recebeu atenção da mídia enquanto eles ainda estavam nos EUA.

Conheça os integrantes:

Igor Von Adamovich —  Nascido em 28 de dezembro de 1994, Igor Von Adamovich, o Igor, tem 18 anos, e é do signo de capricórnio. Além de cantar, gosta de escrever e compor sucessos para a P9. Na infância, integrou o elenco de minisséries como “Um só coração”, da TV Globo. Leitor assíduo, sua obra preferida é o poema “Os fios de Weissmann”, de Ferreira Gullar. O rapaz escreve poesias e toca mais de seis instrumentos. A mãe é pianista; o tio, maestro; e o pai, seu maior entusiasta. Ele também flerta com os esportes radicais, anda de skate e tem paixão pelo surfe. Curte artes circenses, malabares e perna de pau. A banda Red Hot Chili Peppers é uma das preferidas.

Guilherme dos Santos — Nascido no dia 10 de maio de 1995, Guilherme dos Santos, o Gui, tem 18 anos e é do signo de touro. Iniciou a carreira artística em uma oficina de teatro, mas a música logo tomou sua vida, aos 15 anos. Na Literatura, adora romances regionalistas, como “O Quinze”, de Rachel de Queiroz, e “Vidas secas”, de Graciliano Ramos. Suas influências são MPB, jazz e blues, passando por Nina Simone e Ella Fitzgerald, e todos os ícones da pop atual. Gosta de dançar e cozinhar, adora perfumes e é muito vaidoso.

Jonathan Couto — Nascido em 24 de agosto de 1994, Jonathan Couto, ou simplesmente Jonathan, é virginiano e tem 18 anos. O galã do grupo toca percussão e se amarra nos estilos de cantores de R&B como Usher, Chris Brown e Justin Timberlake. Antes da banda, trabalhou em uma lanchonete, posou como modelo fotográfico e teve um grupo de samba com os amigos. Adora esportes e foi campeão de uma competição de jiu-jítsu no Rio. Adora carnaval e, este ano, desfilou pela Beija-Flor de Nilópolis.

Michael Band — Nascido no dia 25 de abril de 1994, Michael Band tem 19 anos e é do signo de touro. Toca violão desde os 9 anos e já fez apresentações em festivais com sua antiga banda de indie rock, On The Edge. Ele costuma surfar e curte andar de skate, tendo participado de competições. Passou um tempo morando em Singapura e adora as bandas The Maine e The Kooks.