O crescimento da economia brasileira não deve mudar muito nos próximos anos, segundo a Standard&Poor’s. A agência de classificação de risco prevê uma alta de 2% no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, e um crescimento anual de 2,6%, em média, até 2016. A previsão oficial do governo é de alta de 3% no PIB de 2013.
“O crescimento fraco reflete o desempenho modesto das exportações e o declínio no investimento do setor privado, em parte por conta dos sinais ambíguos do governo, que prejudicaram a confiança dos investidores”, diz a S&P em nota. “Os gastos das famílias também podem perder força em meio à alta da inadimplência”.
De acordo com a agência, o Brasil continua lutando com obstáculos estruturais que seguem limitando seu potencial de crescimento. Entre eles, a agência destaca a alta dívida do país, a falta de uma reforma profunda no sistema previdenciário e a estrutura de impostos.
A S&P aponta que houve uma transição de sucesso que levou cerca de 35 milhões de brasileiros para a classe média – que, entretanto, coloca mais pressão com demandas como baixa inflação, melhores serviços públicos, infraestrutura, serviços financeiros e moradia.
“Apesar do menor crescimento do crédito entre 2012 e 2013, nós acreditamos que um novo período de rápida expansão do crédito pode ser resultado das ações da atual administração”, diz a agência. “Mais crédito pode aumentar o peso já grande das dívidas sobre as famílias, sujeitando o sistema financeiro a um maior risco”.