Tecnologia

12 jun, 2013

Pesquisadores criam bateria com enxofre que armazenam até quatro vezes mais energia

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Pesquisadores do Laboratório Nacional de Oak Ridge, Estados Unidos, criaram uma bateria elétrica que, ao utilizar enxofre, fornece um desempenho quatro vezes superior ao daquelas que usam íons de lítio para armazenar energia. Além de mais densa, a invenção é mais barata de produzir.

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O projeto também se mostrou mais durável do que a bateria convencional. Atualmente, com o tempo, a peça de notebook, por exemplo, perde eficiência, pois a capacidade de armazenamento diminui, conforme o usuário realiza ciclos. Cada ciclo corresponde à transição de “descarregada” para “totalmente carregada”.

Com a bateria de lítio-enxofre, o desgaste ainda existiria, mas seria um problema menor. Assim, mesmo depois de um ano de uso ininterrupto, um smartphone carregaria rapidamente e manteria os mesmos níveis de eficiência e autonomia de quando era novo.

As baterias de enxofre são defendidas como as substitutas das atuais, de íons de lítio, há alguns anos. Aquelas produzidas até então eram baratas, seguras, resistentes e capazes de armazenar altas quantidades de energia. O grande empecilho em relação à essa tecnologia era a criação de um eletrólito que fosse sólido e eficiente. Elas dependiam de um eletrólito líquido, que libera energia com rapidez, mas que, por outro lado, se esgota em pouco tempo, obrigando a sua substituição.

Além disso, líquidos podem vazar se o encapsulamento seja rompido, o que seria um grande problema quando se considera que os conteúdos de baterias tendem a ser tóxicos e até inflamáveis.

Em Oak Ridge, os cientistas conseguiram driblar esse obstáculo ao empregar um eletrólito sólido feito de compostos ricos em enxofre e com boa condutância elétrica. Esse enxofre é obtido com um dos restos do refino do petróleo. Segundo testes, mesmo após 300 ciclos de carga e descarga, a bateria manteve uma densidade energética de 1200 mAh/g (miliampères hora por grama). No mesmo cenário, uma equivalente de íons de lítio estaria na casa dos 140 mAh/g.

Embora o produto de lítio-enxofre esteja pronto para assumir o mercado em todos os sentidos (eficiência, questão ambiental, segurança e custo de produção), os cientistas ainda precisam corrigir alguns problemas, como alguns detalhes relacionados ao comportamento do novo eletrólito.

Com informações de Techtudo