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Aposentado de São Paulo suspeito de atropelar e matar jovem em Santos (SP) diz que não fala à polícia

Ana Carolina Teixeira, 21, foi atropelada e morta quando saía do trabalho em Santos (SP) - Angélica Goudinho/Arquivo Pessoal
Ana Carolina Teixeira, 21, foi atropelada e morta quando saía do trabalho em Santos (SP) Imagem: Angélica Goudinho/Arquivo Pessoal

Rafael Motta

Do UOL, em Santos (SP)

10/10/2012 12h56Atualizada em 10/10/2012 21h04

O aposentado Paulo Eduardo da Silva, 58, suspeito de atropelar e matar uma jovem que voltava do trabalho, no mês passado, em Santos (72 km de São Paulo), apresentou-se nesta terça-feira (9) no 7º DP (Distrito Policial) e disse que não falará ao delegado, só prestará depoimento diante de um juiz.

Ana Carolina Teixeira, de 21 anos, era operadora de caixa em um restaurante no bairro Gonzaga. Por volta das 4h da madrugada do dia 23 de setembro, passava a pé diante de um prédio, a duas quadras da praia, e se preparava para pegar carona com um colega de trabalho quando foi atingida por um veículo de cor prata, cujo motorista não parou para socorrê-la e fugiu.

Ana sofreu traumatismo craniano e morreu uma semana depois, em um hospital de Santos. Imagens do circuito interno de segurança de um edifício próximo mostram que o automóvel que atingiu a jovem é um Renault Logan, depois identificado como pertencente ao aposentado, que mora em São Paulo, mas tem apartamento em Santos. Uma testemunha disse à polícia que o veículo chegou danificado ao prédio onde Silva possui imóvel.

Veja momento em que jovem é atropelada em Santos (SP)

Capô amassado

O veículo foi encontrado na última quinta-feira (4) numa oficina mecânica do bairro Macuco. Estava com o capô amassado, o para-brisa quebrado e sem o farol direito, dados que batem com as informações prestadas pela testemunha.

Não há prazo para a conclusão da perícia no carro, feita por peritos do Instituto de Criminalística de São Paulo que estiveram em Santos para avaliar o veículo.

Na útlima terça pela manhã, o aposentado esteve no 7º DP, acompanhado por dois advogados. Após informar que somente se manifestaria em juízo, foi liberado. O UOL não conseguiu localizá-lo nem encontrar seus defensores.

Silva pode responder a processos por homicídio culposo (não intencional), omissão de socorro, fuga do local do acidente e falsa comunicação de crime. A pena máxima prevista no Código Penal para todos os crimes, juntos, é de seis anos de prisão, exceto se o fato de não ter socorrido a vítima for substituído por multa, não especificada, o que reduziria a punição em até seis meses.