Política Segunda-Feira, 16 de Janeiro de 2017, 00h:40 | Atualizado:

Segunda-Feira, 16 de Janeiro de 2017, 00h:40 | Atualizado:

OPERAÇÃO DR. LAO

Ex-chefe do IBGE de MT e mais 7 são condenados a 268 anos de prisão

Grupo é acusado fraudes no uso de cartões corporativos do órgão

DIEGO FREDERICI
Especial para o FOLHAMAX

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O juiz federal da 5ª Vara de Mato Grosso, Jeferson Schneider, condenou o ex-chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Delvaldo Benedito de Souza, a 67 anos e um mês de reclusão em regime fechado pelo crime de peculato e associação de mais de três pessoas com o objetivo de cometer crimes. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (13).

Além do ex-chefe do IBGE-MT, Alcy Silva, Carlos Antonio Neto Santos, Domingos da Costa e Silva, Juber Alexandrino Leite, Manoel Nilson Ribeiro, Pedro José de Arruda e Ricardo Rizzo Correia Galvão também foram condenados, porém, apenas pelo crime de peculato (quando o servidor público se apropria de dinheiro ou outro bem do qual tem posse apenas em razão do cargo que ocupa).

Os servidores que sofreram a condenação também foram destituídos de suas funções públicas, com a exceção de Carlos Santos, Domingos Silva e Pedro Arruda, que já estão aposentados. A soma da pena de todos os envolvidos no caso é de 268 anos de reclusão.   

As investigações, que tiveram início no Ministério da Transparência, fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), resultaram no processo criminal instaurado após deflagração da ‘Operação Dr. Lao”, em abril de 2014.

A CGU, em parceria com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF), desarticulou uma organização especializada em desviar recursos públicos por meio do uso irregular de cartões corporativos. As investigações demonstraram que o grupo movimentou quase R$ 1,3 milhão a partir de prestações de contas fraudulentas, saques irregulares, recibos inidôneos, dados de veículos incompatíveis com a base de dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e notas fiscais frias.  

Em novembro de 2016, os servidores já tinham sido punidos em processo administrativo disciplinar (PAD) aberto pelo IBGE, com a colaboração da CGU, com penalidades de demissão (ao então chefe da Unidade Estadual, que exerceu o cargo por mais de 30 anos), duas cassações de aposentadoria, e cinco suspensões de 30 a 90 dias.

De acordo com denúncia do MPF, Delvaldo Benedito de Souza era quem autorizava as concessões, as liberações dos recursos e depois aprovava as prestações de contas de despesas fictícias. Em depoimento ao juízo, o ex-chefe do IBGE-MT afirmou que “não tinha cartão corporativo” e que “nunca pegou cartão corporativo de servidor nenhum”.

O juiz federal da 5ª Vara de Mato Grosso, no entanto, afirmou em sua decisão que a versão de Delvaldo “não merece nenhum crédito”, uma vez que os outros acusados foram unânimes em afirmar que repassavam valores disponibilizados em seus cartões corporativos ao ex-chefe do IBGE-MT.

 





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Comentários (7)

  • Justiceiro

    Segunda-Feira, 16 de Janeiro de 2017, 23h52
  • 1.3 milhões e pegaram tudo isso de cana?....tem governador por aí que deve 10 vezes isso tem usado dinheiro público pra pagar a conta e não da em nada.."parabéns " a essa justiça de merda desse país que puni só alguns...geralmente aqueles que não tem dinheiro pra pagar advogado que leva maletas de dinheiro pra juizes, desembargadores e promotores...
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  • Paulinho da Cohab

    Segunda-Feira, 16 de Janeiro de 2017, 17h45
  • Alcy Silva, um dos condenados por peculato junto ao IBGE é ex vereador em Cáceres e irmão do atual Deputado Estadual Adriano Silva. Eta povinho sortudo em fazer fortuna, sô.
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  • Mauro

    Segunda-Feira, 16 de Janeiro de 2017, 17h13
  • E os penduricalhos do judiciário, acaba quando??
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  • Advogado

    Segunda-Feira, 16 de Janeiro de 2017, 11h09
  • Totalmente desproporcional a sentença, nem o "bandido da luz vermelha" pegou tanto,com certeza será reformada pelo TRF !!!!
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  • carlos

    Segunda-Feira, 16 de Janeiro de 2017, 08h56
  • Muito bom, parabéns!! É preciso penalizar quem comete irregularidades mesmo. Chega de corrupção, é preciso dar um basta nisso tudo!!!
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  • Jo?o

    Segunda-Feira, 16 de Janeiro de 2017, 08h04
  • Um abuso do poder como condenar um servidor de carreira de mais de 30 anos sem nenhuma sujeira por 67 anos e agora uma pessoa que premedita uma morte do marido esquarteja e é condenada a apenas 20 anos olhe a discrepância
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  • Beatriz

    Segunda-Feira, 16 de Janeiro de 2017, 08h00
  • Se realmente tivesse ocorrido isso esse servidor era para estar rico pelo menos com uma mansão não tem bens algum nem casa isso é sua história limpa no IBGE não foi levado em conta esse Juiz era para ter investigado sua vida.
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