O surgimento do Omeprazol foi um grande avanço no tratamento de úlceras gástricas e na hérnia de hiato, que são suas principais indicações. Os resultados obtidos com o fármaco levaram ao fato de que ele é muito receitado atualmente e, por consequência, consumido em demasia.

O segundo medicamento mais consumido do mundo, perdendo apenas para o paracetamol, de acordo com estudo divulgado pela Associação Médica Norte-Americana, favorece o desenvolvimento de demência, danos neurológicos e também de anemia, caso consumido de modo contínuo (por mais de dois anos).

A organização Kaiser Permanente, provedora de serviços nos Estados Unidos e referência mundial no manejo sanitário, decidiu avaliar os riscos gerados pelo uso abusivo do medicamento e observou uma relação entre o consumo por mais de dois anos de doses elevadas de Omeprazol, na ordem de 40 miligramas diários, e a falta de vitamina B12, que pode levar a problemas neurológicos graves.

A conclusão do estudo é que o medicamento é de grande importância em alguns tratamentos, mas em casos específicos e em doses adequadas. Assim sendo, o modo como ele é amplamente utilizado deve ser reconsiderado.


Fontes de conteúdo: US National Library of Medicine - NCBI, A Enfermagem

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