• André Jorge de Oliveira
Atualizado em
Faia de 200 anos cresceu em cima da cova de um jovem que morreu por volta do ano 1000 (Foto: Reprodução)

Faia de 200 anos cresceu em cima da cova de um jovem que morreu por volta do ano 1000 (Foto: Reprodução)

Arqueólogos do Instituto de Tecnologia Sligo tiveram uma grande surpresa ao se deparar com uma árvore caída nos arredores da cidade irlandesa de Collooney: eles encontraram um esqueleto medieval de mil anos emaranhado nas raízes de uma grande faia.

A árvore de 200 anos cresceu bem em cima do túmulo e tombou recentemente por causas naturais, devido a uma forte tempestade. Ainda mais esquisito é o fato de o crânio e o tórax estarem pendurados nas raízes, enquanto as pernas estavam na terra.

Estudos preliminares indicaram que os restos mortais pertenceram a um jovem adulto que tinha entre 17 e 25 anos quando morreu. Os pesquisadores também notaram que a morte foi violenta, provocada por uma lâmina afiada de espada ou punhal.

A metade superior do esqueleto estava pendurada na árvore e a inferior estava na terra (Foto: Reprodução)

A metade superior do esqueleto estava pendurada na árvore e a inferior estava na terra (Foto: Reprodução)

Apesar dos indícios de assassinato, ainda não está claro se o ato foi cometido em uma batalha ou durante um desentendimento com outra pessoa. Depois de submeter o esqueleto a uma análise de datação por radiocarbono, os arqueólogos concluíram que o homem viveu em algum momento entre os anos 1030 e 1200 da era cristã.

Não há vestígios de que a cova rasa, orientada na direção leste-oeste, seja uma entre muitas na região, mas os pesquisadores vão continuar investigando se o local contém mais túmulos.

"Não há outros enterros conhecidos na área, mas registros históricos indicam um possível cemitério e igreja nas proximidades", disse ao Irish Archaelogy a arqueóloga Marion Dowd, que participa das pesquisas.