Recuperação?

Sob Temer, taxa de desemprego volta a bater recorde

Número de desempregados supera 14 milhões, 3 milhões a mais em um ano. E total de ocupados caiu em 1,7 milhão. Pesquisa bateu vários recordes negativos

EBC

Política econômica de Temer é devastadora

São Paulo – A taxa de desemprego no país subiu a 13,7% no trimestre encerrado em março, batendo recorde da série histórica, iniciada em 2012. O percentual corresponde a uma estimativa de 14,176 milhões de desempregados – 1,834 milhão a mais em relação ao trimestre anterior (crescimento de 14,9%) e 3,087 milhões a mais em 12 meses (27,8%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na manhã de hoje (28) pelo IBGE, com vários recordes negativos.

Enquanto o total de desempregados também foi o maior da série, o contingente de ocupados (88,947 milhões) foi o menor. O país perdeu 1,315 milhão de ocupados (-1,5%) ante dezembro e 1,692 milhão em relação a igual trimestre de 2016 (-1,9%). O nível de ocupação (53,1%) também foi o menor.

Segundo a pesquisa, o número de empregados com carteira assinada no setor privado, estimado em 33,406 milhões, igualmente foi o menor da série da Pnad Contínua. Em relação a dezembro, são menos 599 mil pessoas (-1,8%). Na comparação com março do ano passado, menos 1,225 milhão (-3,5%).

Entre os setores, cai o emprego, em relação a dezembro, em agricultura/pecuária, construção, comércio/reparação de veículos e administração pública, que reúne várias atividades. Cresce duas áreas ligadas a serviços (alojamento/alimentação e informação/comunicação/atividades financeiras).

Ante o trimestre encerrado em março de 2016, apenas a construção fecha 719 mil postos de trabalho (-9,5%) e a agricultura/pecuária, 758 mil (-8%). São menos 342 mil na indústria (-2,9%), menos 295 mil na administração pública (-1,9%), menos 233 mil no comércio/reparação de veículos (-1,3%) e menos 184 mil nos serviços domésticos (-2,9%). Alojamento/alimentação abre 493 mil (11%) e informação/comunicação/atividades financeiras, 245 mil (2,5%).

Estimado em R$ 2.110, o rendimento médio ficou praticamente estável ante o trimestre imediatamente anterior, encerrado em dezembro, e também em relação a igual trimestre de 2016, segundo o IBGE. O mesmo acontece com a massa de rendimentos (R$ 182,935 milhões).