• Luciana Galastri e Agência EFE
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Capa da Charlie Hebdo, publicada em 2011, após o primeiro ataque à sede da revista -

Capa da Charlie Hebdo, publicada em 2011, após o primeiro ataque à sede da revista - "O amor é mais forte que o ódio", diz a manchete (Foto: reprodução)

O jornalista, caricaturista e diretor da revista "Charlie Hebdo", Stéphane Charbonnier (conhecido como Charb), e outros três dos principais chargistas do semanário satírico francês, Cabu, Tignous e Wolinski, estão entre os 12 mortos do ataque cometido no dia 7 de janeiro de 2015, em Paris.

O advogado da revista, Richard Malka, confirmou à emissora "France Info" os nomes das vítimas do atentado que, segundo o último balanço, deixou mais de 20 feridos, quatro deles em estado grave. Armados com fuzis kalashnikov, os irmãos Saïd Kouachi e Chérif Kouachi  foram identificados pela polícia como autores do massacre.

Fica aqui nossa homenagem aos chargistas:

Charb

Charb dirigia o "Charlie Hebdo" desde 2012 - em 2011, após o edifício onde a revista ficava ter sido atacado como retaliação pela publicação de tiras que mostravam Maomé, Charb declarou que "Os ataques vieram de estúpidos que não sabem o que é o Islã". Desde então, recebeu ameaças e passou a ser protegido pela polícia. Em 2013, entrou na lista de "procurados" da al-Qaeda.

Tignous

Bernard Verlhac, o "Tignous", nascido em Paris em 1957, colaborava com outros meios de comunicação como o semanário "Marianne" e o "Fluide glacial". Desenhava para a imprensa desde 1980 e fazia parte de uma rede de ilustradores chamada "Cartooning for Peace" (fazendo quadrinhos pela paz, em tradução livre).

Cabu

Jean Cabut, o "Cabu", de 77 anos, colaborava com a revista desde sua criação, em 1970. Contribuiu para a Hara Kiri, uma revista controversa dos anos 1960, que foi banida na França na década seguinte. O responsável por uma controversa charge publicada em 2006, que mostrava Maomé em uma tira chamada "Maomé oprimido por fundamentalistas". 

Wolinski

Nascido em 1934, na Tunísia, Georges Wolinski foi chargista do "L'Humanité" e outros meios de comunicação como "Hara-Kiri", "Paris-Presse" e "Paris Match". Era conhecido por suas críticas políticas e charges sobre sexualidade.