• Texto Mariana Mello
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A cor vermelha se destaca em uma das molduras (Foto: Marcelo Magnani/Casa e Jardim)

A cor vermelha se destaca em uma das
molduras (Foto: Marcelo Magnani/Casa e Jardim)

FORA DO TOM
Fotos em preto e branco e molduras pretas. De tão certeira, essa combinação tornou-se um pouco previsível. Foi justamente por isso que o designer de interiores Francisco Calio decidiu inovar: para apenas uma das molduras, escolheu a cor vermelha em espessura levemente mais fina que as demais. De óbvia, parede da sala de jantar tornou-se surpreendente.



 

Fotografias antigas na parede (Foto: Evelyn Müller/ Editora Globo)

Fotografias antigas na parede
(Foto: Evelyn Müller/ Editora Globo)

BELEZA DO TEMPO
Donos de antiquário, os empresários Paulo Ribeiro Pereira e Anariá Corona mantêm o clima de passado na decoração do galpão rústico onde vivem, na Granja Viana, em São Paulo. Com reboco aparente, uma das paredes da sala de estar recebeu os porta-retratos com fotos de família, mantidos nas molduras originais, retas e arredondadas. Misturá-las sem medo, com o objetivo de lembrar os antepassados, foi o que deu charme ao cantinho.
 

Composição aleatória, mas harmoniosa (Foto: Marcelo Magnani/ Editora Globo)

Composição aleatória, mas harmoniosa
(Foto: Marcelo Magnani/ Editora Globo)


SEM PRESSA
Não ter todos os quadros é motivo comum para adiarmos a decoração da parede. No projeto do arquiteto Vitor Penha, porém, isso não foi problema. As peças – todas de pequenas medidas – foram penduradas aleatoriamente, aos poucos, com o passar do tempo. Sequer há simetria entre os espaços. O resultado é uma estética imperfeita e verdadeira. Note que as molduras contornam o espelho e a cabeceira da cama, o que pode ser um ponto de partida para a composição.

Aqui, as molduras dispensam conteúdo (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)

Aqui, as molduras dispensam conteúdo
(Foto: Edu Castello/ Editora Globo)



MOLDURAS POR SI
Expostas no corredor de entrada da casa da ilustradora Lili Tedde, as molduras vazias fazem o maior sucesso. Guardados há anos pela moradora, alguns modelos são herança de família; outros foram adquiridos em feiras de antiguidades. A sacada é posicioná-las umas dentro das outras, em conjunto. Por terem o mesmo acabamento, funcionam como obra única.

Molduras coladas umas nas outras (Foto: Marcos Limas/ Editora Globo)

Molduras coladas umas nas outras (Foto:
Marcos Limas/ Editora Globo)





DISTÂNCIA ZERO
Dilema comum ao pendurar molduras: qual é o espaçamento adequado entre elas? Um jeito de driblar essa dificuldade é pendurá-las grudadas umas nas outras, sem espaços, como fez o arquiteto Rodrigo Martins. Após passar cinco meses viajando pelo mundo, ele enquadrou os mapas dos lugares onde pisou e hoje os exibe no escritório. A mesma solução se aplica a fotografias, postais e gravuras.

Os quadros menores foram pendurados em torno do maior (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)

Os quadros menores foram pendurados em torno
do maior (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)





ARTE EM CONJUNTO
Um eficaz ponto de partida para pendurar quadros é a obra maior. Foi o que fez o arquiteto Paulo Carvalho em seu quarto de hóspedes. No vão entre as duas camas, achadas em antiquário, o profissional colocou a moldura mais espaçosa alinhada ao criado-mudo. A partir dela, em esquema circular, encaixou as demais sem espaços entre as integrantes. Lembre-se de que obras de arte não precisam – nem devem – combinar entre si. Misture estilos e épocas sem medo de errar.

As molduras foram penduradas em uma estrutura de colchão de mola (Foto: Salvador Cordado/ Editora Globo)

As molduras foram penduradas em uma estrutura
de colchão de mola (Foto: Salvador Cordado/
Editora Globo)

BASE FORTE
Em vez de pendurar as molduras direto na parede, a designer Isabela Miranda criou algo diferente. Em um ferro-velho, garimpou a estrutura de molas de um colchão e fez dela a base para o conjunto. Após parafusá-la na parede, prendeu molduras vazadas, que receberam objetos de memória: fôrmas de sapatos, o despertador antigo de seus pais e algumas gravuras.

Bagunça proposital (Foto: Luís Gomes/ Editora Globo)

Bagunça proposital (Foto: Luís Gomes/ Editora Globo)




CAOS CALCULADO
Um dúplex com sala ampla, muitos quadros e objetos para pendurar. Com a ajuda do arquiteto e designer Guto Requena, a gerente comercial Carla Ribeiro conseguiu reunir seus objetos de afeto em harmônica disposição. Embora pareçam ter sido pregadas aleatoriamente, as peças seguem uma lógica de grupos principais – as obras de arte e fotografias, e secundários, os objetos menores, deslocados para o canto direito e para a parte inferior.

Caminho de pratos (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)

Caminho de pratos (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)

PERCURSO LATERAL
Uma parede amarela, uma seleção de pratos antigos. Na casinha da fazenda em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, a designer de interiores Neza Cesar surpreendeu ao misturar as peças em sentido horizontal, com movimento. A partir do espaço deixado pelos dois quadrinhos, desfilam as louças, em forma de onda. Se quiser fazer algo parecido, simule a composição no chão antes de bater os pregos.

Poucos objetos para começar (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)

Poucos objetos para começar
(Foto: Edu Castello/ Editora Globo)

INÍCIO DE COLEÇÃO
Sempre que viaja, a arquiteta Alexandra Albuquerque traz pratos para guardar de lembrança. Em vez de esperar ter muitos para pendurar, decidiu exibi-los desde já na sala de seu apartamento em São Paulo, SP. Por terem circunferências pequenas, foram posicionados em altura mais baixa, próximos da cômoda de caviúna. As diferenças estéticas dão bossa ao grupo: há um modelo com imagem renascentista e outro comemorativo do casamento real britânico.

Coleção variada (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)

Coleção variada (Foto: Edu Castello/
Editora Globo)


MISTUROU GERAL
Amigos e parentes já sabem: a chef de cozinha Heloisa Bacellar adora velharias. Pratos e travessas de louça, de diversas épocas e estilos, estão reunidos em única parede de sua casa. O formato escolhido foi o horizontal, para preencher o vão entre a estante e a coluna. Para pendurar um prato de forma segura, compre suportes aramados próprios, com garras que envolvam toda a peça.

Espelhos emoldurados (Foto: Lufe Gomes/Editora Globo)

Espelhos emoldurados (Foto: Lufe Gomes/
Editora Globo)





HISTÓRIA NO REFLEXO
Colecionadora de artigos de família, a designer têxtil Ana Morelli esperou anos para exibir seus espelhos de estimação. A parede escolhida foi a da sala de jantar de seu apartamento, reformado pela designer de interiores Maristela Gorayeb. Repare que os modelos são todos diferentes uns dos outros: com e sem moldura, venezianos, novos, antigos. O maior deles, oval, está centralizado em relação ao aparador. Outro detalhe: todos respeitam o mesmo limite de altura.

Os espelhinhos de feira viraram molduras (Foto: Salvador Cordaro/ Editora Globo)

Os espelhinhos de feira viraram molduras
(Foto: Salvador Cordaro/ Editora Globo)


ESPELHO-RETRATO
Vendidos em lojas de R$ 1,99, os espelhinhos com moldura plástica cor de laranja podem se transformar em originais porta-retratos. Nesse projeto, foram coladas fotos de viagens em alguns deles. Os outros, pregados de maneira simétrica, com espaços idênticos entre si, permaneceram originais. Por serem leves, os espelhos podem ser fixados com fita dupla face de alta resistência em vez de pregos.

O espelho grande fica separado dos demais, que são menores (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)

O espelho grande fica separado dos demais, que são menores (Foto: Edu Castello/ Editora Globo)





SEPARADOS PELO BEM
Para criar uma combinação de impacto em seu lavabo, a cantora Patricia Talem faz algo inusitado. Diante de uma peça grande e várias pequenas, optou por isolá-las nas extremidades da parede. O modelo maior ficou sobre a cuba, em nome da praticidade. Os pequenos foram deslocados para o canto direito. A unidade do conjunto ficou garantida graças às molduras douradas.