Paisagismo
3 pequenos oásis em casa
Estes três jardins eram pouco explorados, porém, após as renovações orquestradas por seus autores, eles se transformaram em cantinhos bons de ficar
2 min de leituraO RIO É AQUI
O apartamento de primeiro andar chamou a atenção dos moradores pela área externa, mas faltava bossa ao espaço de 100 m². “Ele é carioca e fazia questão de ter mais contato com a natureza. Queria um visual despojado e chique, com muitas plantas”, lembra a arquiteta paisagista Claudia Diamant. Como o jardim é todo sobre laje, Claudia teve de optar por espécies com raízes pouco profundas, como o viburno, a murta, a moreia e a grama-amendoim. Os destaques do projeto ficam por conta da estrutura que avança pelo extenso corredor, composta de uma chaise revestida de cumaru e um spa, e do exuberante jardim vertical, que camufla o muro branco do prédio.
REPAGINADA ESPERTA
Apesar da boa localização, bem em frente às salas de estar e de jantar, o jardim de 78 m² estava em desuso. Mas bastou a chegada da arquiteta paisagista Gabriella Ornaghi para ele se tornar o espaço mais charmoso da casa. “Avaliei as espécies que já estavam lá, como a quaresmeira e o ipê, para que pudesse aproveitá-las ao máximo. Fiz uma boa limpeza, mudei algumas plantas de lugar e acrescentei outras”, conta Gabriella, que ainda refez a área do deque e projetou um banco de madeira. “A ideia era criar uma área de permanência, para que eles pudessem realmente aproveitar o jardim. Por isso também optei por trocar a grama pelos pedriscos”, afirma. Além das plantas, o ponto alto do projeto é o painel de azulejos personalizados.
SEGUNDA CHANCE
A área de 90 m² na parte da frente do terreno, ao lado da garagem, era pouco utilizada pelos moradores desta casa térrea. Durante uma reforma, resolveram trocar as janelas de um dos cômodos por uma porta-balcão e, com isso, perceberam o potencial do espaço. “Os muros estavam totalmente tomados pela unha-de-gato. Demora anos para ela cobrir assim, então fiz questão de manter esse pano de fundo verde, que parece se fundir com a grama”, explica o arquiteto paisagista Raul Pereira, que optou por espécies tropicais e por um visual o mais natural possível. “Não queria que fosse muito organizado; a ideia era que lembrasse a Mata Atlântica. Misturei as espécies ao redor da dracena, já existente no terreno.”O barulhinho da água, que vem da fonte criada a partir de um vaso, deixa o espaço mais acolhedor.