• Por Mariana Grazini, de Lyon
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Spas Balinov, da startup Novanano, faz a sua apresentação (Foto: Mariana Grazini)

Spas Balinov, da startup Novanano, faz a sua apresentação (Foto: Mariana Grazini)

Cinco empreendedores enfrentaram um time de seis investidores – apelidados de leões, em homenagem à cidade francesa  de Lyon – no terceiro dia do World Entrepreneurship Forum. Na competição, os fundadores das startups fizeram um pitch de sete minutos e foram avaliados pela comissão de investidores, que, ao final de cada apresentação, faziam suas perguntas.

O vencedor foi o francês Spas Balinov, da startup Novanano. A escolha do primeiro lugar ficou a critério do público, por meio de votações online após cada pitch.

Conheça a seguir as cinco startups finalistas.

1. Numoni Pte. Ltd., de Norma Sit (Cingapura)
A Numoni tem como público-alvo uma parcela da população mundial que não tem acesso a uma conta bancária. Essas pessoas não realizam transações, empréstimos ou pagamentos de contas por meio de bancos. “Construímos terminais em comunidades e lugares remotos para dar poder às pessoas”, afirma a empreendedora. Os terminais funcionam 24 horas por dia e são semelhantes a máquinas de refrigerantes. A startup de Cingapura foi fundada em 2012 e, desde então, expandiu-se para a Malásia e a Indonésia. A Numoni pretende arrecadar US$ 200 mil por crowdfunding.

2. Medirevu, de Shannon Clarcke (Barbados)
O aplicativo é destinado a médicos e pacientes de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, e foi criado por Shannon Clarke, Lybron Sobers e Samora Reid. Com o app, a comunicação entre médico e paciente é facilitada por meio de atualizações de índices como taxa de açúcar no sangue e pressão. Os usuários também podem registrar as atividades físicas realizadas e a dieta seguida. Com isso, nas consultas seguintes, os médicos analisam os hábitos de seus pacientes para melhor tratá-los. O aplicativo, desenvolvido em março de 2014, tem mais de cem usuários e 20 médicos cadastrados. Para desenvolver o produto e investir em marketing, a Medirevu busca US$ 200 mil por crowdfunding.

3. Imonacloud, de Bahadir Odevci (Turquia)
O nome da startup turca também pode ser lido como “I’m on a cloud” (“estou nas nuvens”). O objetivo da empresa é criar aplicativos para pequenos e médios negócios no Oriente Médio, principalmente, e também atuar como uma loja de apps. Segundo Odevci, o diferencial da startup é se restringir a escalas regionais de venda e, portanto, fornecer aplicativos mais pertinentes a cada local. “Também organizamos hackathons na Turquia para estimular a criação de aplicativos”, diz o fundador. A startup busca um financiamento de US$ 1,4 milhão.

4. izzyBike, de Marta Jurek (Polônia)
O engenheiro polonês Marek Jurek, pai de Marta, lançou em 2013 um modelo de bicicleta chamado izzyBike. O produto é leve e dobrável e não precisa de correia. Sem essa parte tradicional da bicicleta, o veículo exige menos esforço para pedalar, pois cria menos atrito. Além disso, segundo Marta, a izzyBike é mais estável e confortável. Ainda são esperadas três versões da invenção, em tamanhos diferentes. A startup precisa de um investimento de 350 mil euros para realizar testes e aumentar o ritmo de produção.

5. Novanano, de Spas Balinov (França)
A única startup francesa do evento foi também a que conquistou seu público. A empresa propõe uma alternativa às redes de telecomunicação existentes. Com a saturação da conectividade via 3G, a Novanano, fundada pelos franceses Spas Balinov e Stanislaw Ostoja em 2009, é uma satélite menor e mais eficiente. “Nosso produto é 100 vezes mais leve, 100 vezes mais barato e tem um ciclo de vida cinco vezes menor do que os satélites convencionais,” afirma. Segundo Balinov, o ciclo de vida de dois a três anos permite uma constante atualização de dados. Para realizar testes e dois satélites ao espaço nos próximos anos, a startup precisa de 3 milhões de euros