Irã-Iraque: ainda desaparecidos desde a guerra de 1980-1988

10-10-2014 Reportagem

A sorte de dezenas de milhares de pessoas desaparecidas durante a Guerra Irã-Iraque, entre 1980 e 1988, ainda não foi determinada, o que impede as suas famílias de encerrarem um capítulo doloroso das suas vidas, ainda aguardando notícias sobre o que aconteceu com seus entes queridos.

O CICV colabora com os esforços das autoridades iranianas e iraquianas, ajudando a repatriar restos mortais entre os dois países, proporcionando treinamento para profissionais de medicina legal e equipamentos especializados para laboratórios forenses no Irã e no Iraque.

Entre 8 e 10 de outubro de 2014, representantes de alto nível de ambos os países se reuniram em Genebra, com o auspício do CICV, para monitorar o progresso e os resultados obtidos pelo Comitê Tripartite – o Irã, o Iraque e a organização – nos seus esforços para esclarecer o que aconteceu com essas pessoas desaparecidas.

Basra, abril de 2011. Um funcionário do centro de Al-Zubai cuida dos túmulos de vítimas de guerra recuperadas mas não identificadas. / © Getty Images / CICV / E. Ou 

 

Khorramshar, maio de 2003. Com a intermediação do CICV, os restos mortais de dois soldados iraquianos mortos durante a guerra de nove anos entre o Irã e o Iraque são repatriados./ CC BY-NC-ND / CICV / T. Gassmann 

Província de Basra e Nassíria, novembro de 2009. Os cadáveres de pessoas desaparecidas durante a Guerra Irã-Iraque entre 1980 e 1988 são exumados. O assessor em medicina legal do CICV foi convidado a acompanhar a exumação pelo ministro iraquiano de Direitos Humanos./ CC BY-NC-ND / CICV 

 

Fronteira de Shalmjah, fevereiro de 2010. Uma operação de repatriação dos restos mortais de soldados iranianos mortos durante a Guerra Irã-Iraque é realizada com a intermediação do CICV./ CC BY-NC-ND / CICV / M. Greub 

 

Basra, abril de 2011. Um homem coloca na parede um retrato do irmão, desaparecido desde 1983. O CICV informou-lhe que seu irmão foi morto na guerra e o ajudou a recuperar os restos mortais, que foram enterrados em Najaf. “Eu não coloquei uma foto do meu irmão durante mais de vinte anos”, ele declarou, “porque não sabia se ele estava vivo ou era um mártir. Agora que sei, sua foto me ajudará a lembrar dele”. / © Getty Images / CICV / E. Ou