Saúde

Na busca por emprego, mulheres bonitas são discriminadas por recrutadoras do sexo feminino, diz pesquisa

RIO - Belas mulheres têm menos chances de serem escolhidas para uma vaga se o novo empregador for do sexo feminino, sugere um novo estudo realizado em Israel. Pesquisadores descobriram que os currículos com fotos mulheres atraentes receberam aproximadamente 25% menos retorno às candidaturas, quando a recrutadora era mulher.

Os cientistas acreditam que a razão para este comportamento é que muitas mulheres que trabalham na área de recursos humanos são jovens, ainda na faixa dos 20 anos, e inconscientemente não gostam de concorrência extra.

Os responsáveis pelo estudo - os economistas Bradley Ruffle e Ze'ev Shtudiner - enviaram mais de cinco mil currículos para mais de 2500 anúncios. Metade das candidaturas não tinha fotos, enquanto a outra metade - com as qualificações praticamente iguais - dividia-se com imagens de mulheres ou homens atraentes e outros com a aparência normal.

Eles descobriram que mulheres bonitas foram chamadas para entrevistas para vagas inferiores às oferecidas às de aparência normal ou que não tinham foto. Mulheres que não anexaram fotos aos currículos tiveram 22% mais chances de receber um retorno que mulheres com foto e aparência normal; e 30% mais chances que as bonitas.

Os pesquisadores também perceberam que 96% dos recrutadores da empresas eram mulheres, geralmente na faixa dos 20 anos e solteiras. Profissionais com esse perfil - os autores argumentam - têm mais chances de desenvolver ciúmes quando confrontadas com belas mulheres no local de trabalho. Essa reação, no entanto, é diferente quando elas se deparam com homens bonitos.

Um homem atraente, por sua vez, recebeu retorno de 20% de suas candidaturas, contra 14% dos que não anexaram fotos ao currículo e 9% dos que pareciam absolutamente normais.