As ações europeias atingiram nesta sexta-feira (14) sua nova máxima em 14 meses, a caminho de ampliar seus ganhos no curto prazo impulsionadas pelo lançamento de uma terceira rodada de estímulos pelo Federal Reserve, banco central norte-americano, e que deu novo gás ao apetite por ativos de risco entre os investidores.
Segundo números preliminares, o índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações europeias, fechou em alta de 1,08%, aos 1.118 pontos --nível não visto desde julho de 2011--, em sessão com 135% do volume registrado na média diária em 90 dias.
O Fed lançou na quinta-feira outro programa agressivo de estímulo, dizendo que irá comprar US$ 40 bilhões em dívida hipotecária por mês até que as perspectivas de emprego melhorem substancialmente, desde que a inflação permaneça contida.
O movimento da autoridade monetária norte-americana impulsionou investidores a se curvar sobre papéis de setores europeus cíclicos, como de recursos básicos, automobilístico e bancário, que, em geral, são os maiores beneficiados em um processo de recuperação da economia.
"Estamos acumulando boas condições para uma recuperação nos preços das ações e as coisas estão se movendo na direção correta", afirmou o estrategista mercados globais no JPMorgan Asset Management, Dan Morris, cuja empresa administra US$ 1,3 trilhão de dólares.
"Setores cíclicos, em geral, devem ir bem porque vão se beneficiar da liquidez no sistema e de suas qualidades na proteção contra a inflação. Você pode ver uma recuperação em setores como de materiais e energia", acrescentou.
Em Londres, o índice Financial Times teve variação positiva de 1,64%, a 5.915 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 1,39%, para 7.412 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 teve valorização de 2,27%, a 3.581 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib avançou 2,34%, para 16.624 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 teve alta de 2,75%, a 8.154 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 ganhou 1,90%, para 5.435 pontos.